Setúbal - Cidade do Rio Azul: Bairro do Viso

Batalha do Viso
Esta acção militar ocorreu no dia 1 de Maio de 1847, em Setúbal, na freguesia de Nª. Senhora da Anunciada, no decurso da guerra civil denominada "Patuleia".

Opôs as forças fiéis à Rainha D. Maria II, comandadas pelo conde de Vinhais, aos contingentes da Junta Insureccional, à frente dos quais se encontrava o Visconde de Sá da Bandeira.
O Visconde, apesar de se ter manifestado favorável aos propósitos moderadores do Coronel Wylde, enviado inglês, que se avistou a 30 de Abril com ambas as partes em confronto, foi literalmente forçado a atacar as forças de Vinhais.

Tal contingência ficou a dever-se à insubordinação dos seus próprios oficiais, que, ansiosos por marchar contra as tropas da Rainha, e após violenta altercação, ameaçaram abertamente o seu próprio Comandante.

Às 6 da manhã de 1 de Maio, foi lançado o ataque, que redundou em carnificina, tendo os revoltosos sido repelidos e recolhido caoticamente a Setúbal, deixando no terreno cerca de 500 mortos.

Setúbal é um Mundo

A cidade é o centro de uma paisagem como existem poucas, repleta de contrastes, prontos a serem descobertos.
Com a serra da Arrábida, a Oeste, a Reserva Natural do Estuário do Sado, a Este, e a baía considerada uma das mais belas do mundo, a banhar a extensa frente Sul, Setúbal oferece ao visitante quer a energia típica de um pólo urbano, quer a paz da Natureza.
O famoso peixe assado, os monumentos como o Convento de Jesus, os jardins, a Baixa comercial a céu aberto e a beira-rio são alguns dos argumentos que fazem da cidade uma referência turística.
Em contraponto, a Arrábida e o Sado propiciam a fuga à vida citadina, através da realização de passeios pedestres, da observação da comunidade sedentária de golfinhos, da prática de desportos de natureza ou do descanso das praias.
Os cerca de 170 quilómetros quadrados do concelho, divididos por oito freguesias, apresentam vestígios da presença humana desde o Neolítico.
Embora a cultura fenícia tenha sido a primeira a vincar presença na região, foi com a cidade romana de Cetóbriga, entre os séculos I e IV, que Setúbal ganhou a forma de um importante núcleo urbano e industrial, devido, principalmente, à indústria da salga de peixe. Na sede da Região de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo (ex-Costa Azul), localizada na Baixa, é possível observar uma dessas fábricas de salga.
Os grandes impulsos que se seguiram deram-se em 1249, com a primeira carta foral, e a construção, iniciada em 1343, das primeiras muralhas.
Os Descobrimentos trouxeram grande desenvolvimento a Setúbal, cidade que enriqueceu nesse período graças ao comércio e à actividade portuária.
O rei D. João III concedeu-lhe o título de “notável vila” em 1525, após D. Manuel ter reformulado o foral, em 1514.
Durante a governação castelhana (1580 - 1640), D. Filipe II ordenou o início da construção da fortaleza de S. Filipe, hoje detentora de uma vista deslumbrante sobre a cidade e o rio.
S. Francisco Xavier, que terá passado pela região antes de rumar ao Oriente, foi nomeado padroeiro da cidade no século XVIII, a pedido da população.
Devido ao desenvolvimento económico e social, para o qual contribuiu o florescimento da indústria conserveira, Setúbal foi elevada a cidade em 1860, por carta régia de D. Pedro V, em 1926, a sede de distrito e, em 1975, a cabeça de diocese.
O poeta Bocage e a cantora lírica Luísa Todi são as principais figuras da história cultural de Setúbal, concelho berço de muitos outros artistas portugueses de relevo, como o pintor Lima de Freitas e o poeta Sebastião da Gama e de personalidades destacadas da sociedade portuguesa.

Setúbal - Cidade do Rio Azul

Bairro do Viso - 1971

Sem comentários:

Enviar um comentário