Sobre o campo azul espelha-se um castelo de prata, encimado por duas cruzes, a púrpura, da Ordem de Santiago, em campo de ouro. Entre as cruzes, também em púrpura, está uma vieira. O castelo está sobre ondas aguadas de verde e prata onde vogam duas barcas afrontadas, de mastreação singular e velame amarrado, ladeando a porta do castelo. Deslocando-se sobre o mar ondeado, três peixes de prata afrontados. Listel branco com a legenda “Cidade de Setúbal”, a negro.
Todos os elementos composicionais descritos estão limitados a negro.
Tanto as cruzes como a vieira evocam imediatamente um elemento comummente associado aos peregrinos que tradicionalmente se deslocavam a Sant’Iago de Compostela.
São, também, evidentes as referências à forte presença na região da Ordem Militar de Sant’Iago de Espada que, desde a sua sede em Palmela, administrava as vastas áreas limítrofes.
Os peixes e as barcas aludem à atividade económica mais importante durante séculos em Setúbal, a atividade pesqueira, à qual mais tarde, se associou a indústria de conserva, que produzia um dos principais produtos de exportação.
Estas atividades foram impulsionadas pelo porto de Setúbal que desde o século XVI até aos nossos dias, ocupou um lugar de relevo nacional
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