Torre de Outão

Numa das minhas andanças pela internet, encontrei um trabalho magnifico feito pelo Mestre Joaquim Oliveira que segundo diz é um  peregrino nas vielas e veredas da vida
Eis o trabalho de que vos falo...

" APOSENTOS DA RAÍNHA "

Em 1890, sofreu obras de adaptação para residência de veraneio do rei D. Carlos (1889-1908) e sua esposa, D. Maria Amélia de Orleans, obras essas a cargo do engenheiro Xavier da Silva, tendo-se procedido ao arranjo de aposentos no interior da Fortaleza. 
Nasceram assim os belos compartimentos do último piso, decorados com pinturas murais e trabalhos em talha, e o pavilhão espla
nada, mandado construir na varanda, junto à Torre, onde funcionam serviços administrativos, e cujo teto está totalmente forrado a madeira de carvalho trabalhada com motivos diversos e de razoável pormenor. As telas sobre temas de caça, que em tempos decoravam as paredes, também forradas a madeira com trabalhos em relevo, foram retiradas para restauro e infelizmente nunca mais se soube delas. 
Foram também melhorados os acessos por via terrestre, uma vez que a Torre era praticamente inacessível, excepto por mar.

Como fossem obras de vulto e a região vivesse um período de crise generalizada, a população de Setúbal parece não ter ficado satisfeita com os novos senhores do Outão. Diz a tradição que no dia em que a rainha D. Amélia passava pelo centro da cidade, os populares apuparam as armas reais, o que muito a impressionou.
 
A oposição republicana dominante em Setúbal nunca propiciou a utilização da casa de veraneio pelo casal real, e em consequência do mau acolhimento que teve, a rainha D. Amélia decidiu oferecer o edifício recuperado à Associação Nacional de Tuberculosos (instituição de caridade e assistência criada pela própria) para aí se instalar um sanatório marítimo para crianças.




























1 comentário:

  1. Uma pena que um edifício que poderia fazer parte dos roteiros turísticos da região, esteja entregue à degradação.

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